POR RODRIGO ARNALDO
Nos dias de hoje muito se ouve falar sobre o estresse. Usamos esta palavra o tempo todo em nosso cotidiano, porém, pouco refletimos sobre o que realmente é, quando realmente estamos estressados e, principalmente, o quanto podemos evitá-lo.
Antes de tudo é importante ressaltar que o estresse nem sempre é algo ruim, ou uma doença em si. De acordo com o dicionário Aurélio: “O estresse é um conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase (equilíbrio)”. Os seus sintomas, mentais ou físicos, e dentro de um limite suportável, podem ser considerados um estado favorável em determinadas circunstâncias, gerando o movimento e ações necessárias para enfrentarmos as dificuldades do cotidiano de forma adequada e eficaz. É um sentimento natural da vida e em pequenas doses nos fazem mais produtivos e realizados. É ele que nos prepara, física e mentalmente, para o ataque ou fuga das ameaças desde os nossos ancestrais primitivos. Hoje em dia é difícil enfrentarmos um predador nos caçando como uma suculenta refeição, mas vivemos constantes agressões psicológicas nas relações sociais, profissionais, etc. É como uma sensação de ameaça da própria existência. O estresse como doença é o preço que pagamos pela construção da civilização moderna.
Uma das principais reações do estado de estresse é o aumento da produção de glicose no cérebro melhorando assim as nossas respostas neurológicas, notamos um aumento significativo da memória por exemplo. Mas se este estado se prolonga pode haver o efeito contrário, diminuindo o potencial dos neurônios e nossa capacidade de lidar com os problemas de forma eficaz. Quem nunca sentiu a diminuição ou até mesmo a perda da habilidade de manter o controle diante de situações ou pessoas que nos fazem exigências extremas? É neste momento que podemos começar a falar do estresse como uma doença.
Se esse estado de tensão se prolonga por determinado tempo (variável de indivíduo para indivíduo) pode desencadear uma série de sintomas levando a pessoa a uma exaustão emocional, avaliação negativa de si, depressão e insensibilidade em relação ao mundo como defesa emocional. É o momento em que tudo parece desmoronar, nossos sonhos ficam mais distantes e a ameaça do fracasso pessoal aumenta, nos sentimos frustrados com a nossa condição e decepcionados com a vida, sentimentos que tendem a gerar mais estresse nos colocando em uma “cadeia negativa”.
Mas, como já foi dito, esta cadeia de sintomas não “precisa” ser vivida de forma negativa o tempo todo, ou seja, precisamos aprender a lidar com o estresse.
Não vou discutir a importância das atividades físicas para o bem estar físico e mental. Qualquer um sabe o peso fundamental que exercem na nossa qualidade de vida. Além de exercícios rotineiros, precisamos sempre rever nossas posturas.
Esteja aberto para novas possibilidades sempre. É importante aceitar e buscar alternativas de interpretações e soluções de nossos problemas. A pessoa estressada tende a olhar seus problemas como “gigantes insuperáveis”, ficando com comuns pensamentos, como “já tentei de tudo... não tem jeito mesmo...”. Quando tudo parece dar errado, ouse mudar e pare de achar que o mundo deve se adequar ao seu jeito de fazer as coisas, lembrando que seu principal objetivo é sentir-se de bem com a vida.
Neste sentido, também precisamos repensar nossos objetivos o tempo todo e sempre buscar metas viáveis. Traçar objetivos inadequados (o que varia para cada momento de vida) nos coloca diante da ameaça de fracasso, ou seja, o estresse será inevitável. É como subir uma escada, precisamos iniciar pelo primeiro degrau sempre, para depois o segundo e assim chegar ao objetivo. Nunca deixe de sonhar, imagine sempre novas e melhores possibilidades de vida, mas com os pés no chão.
Terapeuta EMDR
Psicologia Clínica
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